sexta-feira, 31 de julho de 2015

Elizaberth Taylor, olhos violetas

"A arrebatadora inglesa, Elizabeth Taylor (nascida em 1932), de cabelos negros e olhos verdes, foi uma das últimas estrelas a sair do sistema de estrelas de Hollywood. Aos 11 anos, a MGM fê-la assinar um contrato de 20 anos.
Depois de seu triunfo em National Velvet (1944), ela nunca olhou para trás.
Revelou os seus talentos dramáticos, ganhando dois Óscares, ao mesmo tempo que mantinha os colunistas de mexericos ocupados." (Bergan 2008, 332)

Este texto tem um "erro cromático". Os olhos de Elizabeth eram roxos ou violetas, não verdes



Elizabeth Taylor é daqueles casos em que a perfeição parece materializar-se da forma mais perfeita possível: Beleza, talento, personalidade, tudo misturado harmoniosamente numa das grandes damas do cinema. 


Elizabeth é, provavelmente, a mulher morena mais glamorosa do cinema, conseguindo mostrar que não precisava de pintar o cabelo de loiro (que na época era sinónimo de glamour, devido a estrelas como Lana Turner ou Marilyn Monroe) para ser elegantemente sensual. As sobrancelhas grossas também poderiam ser uma desvantagem, mas só lhe conferem personalidade. Um rosto perfeito.





Não é por ser algo raro, mas eu realmente acho olhos cor violeta ou azul escuro lindíssimos. Essa é a marca física de Elizabeth Taylor. Os seus olhos violetas são irresistíveis.












Elizabeth Taylor, assim como Judy Garland, tinha talento para conseguir passar da sua fase de atriz infantil e adolescente para adulta. Fê-lo, ganhou dois óscares, casou sete vezes, era possuidora de uma coleção poderosa de jóias, casou duas vezes com o mesmo homem. Fez tudo e tudo o que fez fez bem.













Citação retirada do livro "Cinema" de Ronald Bergn, de 2008 (o original é de 2006) e editado em Portugal pela Civilização

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Greta Garbo, mistério em forma de diva

"O romance entre o extraordinário rosto de Greta Garbo (1905-1990) e a câmara nunca foi ultrapassado, tornando-a talvez a melhor de todas as lendas femininas do grande ecrã. A sua vida privada e pública tornaram-se inseparáveis; ela era a deusa enigmática que supostamente disse "Quero estar sozinha". Garbo ficou famosa com os seus clássicos papéis trágicos em Rainha Cristina (1933), Anna Karenina (1935) e Margarida Gautier (1937), por isso quando fez Ninotchka (1939) a MGM clamou, "Garbo ri-se!". " (Bergan 2008, 326)



Uma loira de Hitchcock que não é de Hitchcock. Esta é Garbo, considerada por muitos a mais  bela mulher do cinema e, provavelmente, por todos, a mais enigmática. A sua relação amorosa com a câmara é poderosa.



A altivez e glamour distante são as marcas de Garbo. Eu não a considero a mais bela mas é uma das mais, isso é. E a mais misteriosa.
















Citação retirada do livro "Cinema" de Ronald Bergn, de 2008 (o original é de 2006) e editado em Portugal pela Civilização

Grace Kelly, loira gelada mas que faz derreter corações

"A heroína ideial de Hitchcock era a "loira descarada", uma mulher aparentemente formal e respeitável, mas que reagia de modo mais sensual quando estimulada pela paixão ou pelo perigo. Nas próprias palavras de Hitchcock, "senhoras que se tornam prostitutas quando estão no quarto". O seu apelo contrastava com o estilo glamoroso de Marilyn Monroe, apenas abertamente sexual." (Bergan 2008, 306)


Grace Kelly é, de facto, o arquétipo de loira de Hitchcock. Diferentemente de loiras de sensualidade explosiva como Marilyn Monroe e Mae West, Grace Kelly era a loira gelada, reservada, elegante, mas dotada também de uma sensualidade que apenas estava meia ocultada. Ao pé de Audrey Hepburn, Grace Kelly é a atriz mais elegante do cinema dos anos 50. Uma morena, uma loira. As duas magras e sofisticadas. A grade diferença é que enquanto Audrey tem uma beleza próxima das pessoas, Grace Kelly, tendo uma beleza gelada, não desperta uma proximidade tão acentuada com os espectadores.



Talentosa, Grace Kelly conseguiu ganhar um óscar de melhor atriz pelo filme The Country Girl que eu ainda não vi.

Grace não tem exatamente um rosto singular que lhe permita distanciar-se de outras caras, além de que é difícil fazer uma caricatura da sua face quase perfeita. O que posso distinguir é o seu porte altivo. Eu acho Grace Kelly das atrizes mais belas do cinema. Apenas vejo uma imperfeição. O seu queixo. Poderia ter o rosto mais afunilado e menos largo por baixo da boca e das bochechas. Ainda assim, é um deslumbrante rosto.

















Citação retirada do livro "Cinema" de Ronald Bergn, de 2008 (o original é de 2006) e editado em Portugal pela Civilização

Audrey Hepburn, elegância feminina

"Audrey Hepburn (1929-93) foi um antídoto à moda de figuras mais roliças dos anos 50. No seu primeiro filme americano, Férias em Roma (1953), recebeu o Óscar de Melhor Atriz pela sua interpretação como uma incógnita princesa que se apaixona por um jornalista. Como inocente, foi muitas vezes cortejada por homens mais velhos como Humphrey Bogart em Sabrina (1954), Gary Cooper em Love in the Afternoon (1957), e Fred Astaire em Cinderela em Paris (1957) de Stanley Donen. Foi também contratada como Natasha em Guerra e Paz (1956) ao lado do seu primeiro marido, Mel Ferrer, e dou eficaz como freira belga que questiona a fé em História de Uma Freira (1959). Cantou "Moon River" de forma comovente em Boneca de Luxo (1961), mas foi dobrada nas canções de My Fair Lady (1964), apesar de estar arrebatadora no papel. Hepburn é recordada pelo seu sentido de estilo assim como pela sua interpretação." (Bergan 2008, 289)


Audrey, a atriz que interpreta a elegância e fornece aos seus papéis elegantes ainda mais elegância provenientes da sua elegância pessoal. Bem, é bom que muitas raparigas tenham Audrey como modelo. É bonita, tem bom gosto, tem bons modos e não é, de todo, sexual. Tem nível (que puritano). No entanto, e julgo que isto pouco influência, muita gente deveria ter a personalidade de Audrey como modelo. Os seus bons valores e a sua vertente altruísta para com os mais necessitados. Audrey era tudo o que o um ser humano bom é. Além disso, a bela magra era também inteligente, conseguindo falar fluentemente 5 línguas. Um ótimo modelo.


Não sou particularmente fascinado pela Audrey, não sei bem porquê. Eu elogiei-a com sinceridade e gosto dos filmes da atriz. Mas ela não me apaixona particularmente. "Sabrina" e "Férias em Roma" são duas maravilhas da sua carreira. "Boneca de Luxo" é, para mim, mais um lixo. Aborrecido, vazio, decadente, melancólico.




Diferentemente de Garbo, Hepburn, para mim, tinha um glamour que não a distanciava dos espectadores. Ela era uma beleza próxima. Não era vulgar (tem um rosto tão singular) mas a simpatia que deixava transparecer, assim como a sua vulnerabilidade e inocência faziam dela uma mulher facilmente identificável. Era como a rapariga do lado mas com algum dinheiro a mais que o resto dos vizinhos e com bom gosto, que faziam dela uma boneca, e não uma deusa, de luxo. É assim que eu a vejo.


Olhos grandes, expressivos e amendoados e a sua magreza corporal são a marca física de Audrey.

Citação retirada do livro "Cinema" de Ronald Bergn, de 2008 (o original é de 2006) e editado em Portugal pela Civilização



Judy Garland, a rainha dos musicais

"Nascida Frances Gumm, Judy Garland (1922-69) ganhou um contracto com a MGM aos 13 anos. Teve um sucesso prematuro como Dorothy no famoso Feiticeiro de Oz (1939). Após uma série de musicais "juvenis" com Mickey Rooney, Garland ganhou maturidade em Encontro em St. Louis (1944) do futuro marido Vincente Minnelli. Foi despedida da MGM mas fez um regresso triunfal com Assim Nasce Uma Estrela (1954)." (Bergan 2008, 155)



Já falei bastante da Judy neste blog. Isso mostra o amor que tenho por ela. Na citação acima estão os filmes mais famosos de Judy, o maravilhoso Wizard of Oz, o bom Meet me in Saint Louis, cujo título em Portugal é Não há como a nossa Casa e não Encontro em St. Louis (se bem que prefiro este) e o aborrecido A Star is Born. Desculpem, mas eu acho o filme tão cansativo. Judy faz um papel muito bem desempenhado mas o filme não é de todo fascinante.




Esta pintura é da autoria do fantástico Andy Warhol, o rei da Pop art. Nela estão presentes os dois atributos faciais de Judy que lhe garantem uma imagem poderosa. Os seus carnudos lábios e, o mais importante, os seus grandes e profundos olhos. 

Citação retirada do livro "Cinema" de Ronald Bergn, de 2008 (o original é de 2006) e editado em Portugal pela Civilização


Joan Crawford: de dançarina da MGM a mulher sofrida em Mildred Pierce

"Joan Crawford (1004-1977) foi a estrela principal durante mais de 30 anos. Com as suas ombreiras e boca grande alargada no "The Crawford Smear", retratava por vezes uma mulher que descarrila o que abre caminho até ao topo, sacrificando o amor e a felicidade para permanecer aí."  (Bergan 2008, 151)




Joan Crawford é, sem dúvida, das maiores estrelas de Hollywood. Não está ao nível de popularidade de divas como Judy Garland ou Ingrid Bergman mas fica logo atrás. Já para não falar de que é mais populares que estas no que respeita a fofocas. A possível realização de um filme pornográfico, quando ainda não era conhecida, a rivalidade com Bette Davis e a relação tumultuosa com a sua filha adotiva, Christina Crawford, fazem de Joan uma das estrelas mais faladas do cinema.

Dotada de talento inegável, conquistou o óscar de melhor atriz por "Mildred Pierce" (1946), um noir e melodrama delicioso realizado numa altura em que a estrela estava no estúdio da sua rival, Bette Davis, deixando a MGM, estúdio que a viu crescer e tornar-se uma atriz talentosa.




Além do talento, Joan Crawford tinha um grande trunfo. O seu rosto. A sua cara era de tal forma peculiar que a distingue das outras atrizes. Olhos grandes, arregalados, energéticos, ferozes. Sobrancelhas grossas e lábios enormes e rasgados. Chega a parecer, muitas vezes, um rosto agressivo. Mas a força de caráter transmitida pelos olhos compensam e seduzem.

Citação retirada do livro "Cinema" de Ronald Bergn, de 2008 (o original é de 2006) e editado em Portugal pela Civilização

quarta-feira, 15 de julho de 2015