segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Marlene Dietrich, andrógina e sensual

"A carreira de Marlene Dietrich (1901-92) pode dividir-se em três partes desiguais. Os seus primeiros trabalhos para teatro e cinema nos anos 20, os cinco anos com Sternberg, durante os quais ele a dirigiu como femme fatal em sete obras-primas, e os anos a partir de 1935 em que o seu talento foi muitas vezes mal empregado. Filmes posteriores foram A sua Melhor Missão (1948) de Billy Wilder e o Rancho das Paixões (1952) de Fritz Lang." (Bergan 2008, 406).


Marlene Dietrich tem aura. Quase tanta aura quanto Garbo e, no entanto, é me mais fascinante. Se bem que, de entre os dois filmes que dela vi até agora ("O Anjo Azul" e "Marrocos"), um certo aborrecimento foi a sensação primordial. Ando desencantado.


A aparência andrógina da Marlene é fascinante. Se se tratasse de um ator, por mais belo que fosse, a vestir-se de mulher, a sensualidade daria lugar muito provavelmente ao ridículo. Como Marlene é uma mulher que se veste de homem, a sensualidade estranha é uma sua característica. É quase tão sensual vestida de homem como vestida de mulher. Além do smoking e do chapéu alto, não dá para esquecer as pernas desta beleza alemã, cheia de mistério mas que, ao contrário de Garbo, teve uma carreira muito mais longa.














Citação retirada do livro "Cinema" de Ronald Bergn, de 2008 (o original é de 2006) e editado em Portugal pela Civilização

Sem comentários:

Enviar um comentário